29/05/23

Os 21 milagres de Santo Antônio!

 Os 21 milagres de Santo Antônio!

Santo é uma pessoa que viveu sua vida de maneira tal que após sua morte foi para perto de Deus. A santidade é alcançada por aqueles que, ao se aproximarem do Senhor, vivem o Evangelho e agem como o próprio Cristo, refletindo-O em suas ações. Portanto, um Santo não atrai a atenção para si, mas sim, para Deus. O Santo que celebramos liturgicamente na data de hoje, 13 de Junho, é de grande devoção não só no Brasil, mas em todo o mundo. Santo Antônio de Pádua, ou de Lisboa, é doutor da Igreja e levou uma vida itinerante na santa pobreza. Por sua proximidade com Deus, Santo Antônio foi instrumento de milagres antes mesmo de falecer e ser canonizado. Conheça seus principais milagres…

1. Os Pássaros e a Plantação

O pai de Santo Antônio, Martinho de Bulhões, gostava de ir a uma fazenda que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o filho com ele. Ocorre que insaciáveis bandos de pássaros desciam continuamente para bicar os grãos de trigo. Era necessário espantá-los para impedir grave dano à colheita. Martinho encarregou o garoto de manter longe os pequenos ladrões. O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para lá no campo. Em pouco tempo, começou a se aborrecer com aquela ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração. Mas o pai o mandara enxotar os passarinhos. Gritou então aos pássaros, convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Obedientes os pássaros entraram. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as janelas e as portas, e foi tranquilamente fazer sua visita ao Senhor. Retornando o pai veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o, mas não o encontrou. Preocupado, dirigiu-se à capela e o descobriu, todo absorto na prece. Fernando tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão repleto dos voos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retornaram os livres caminhos do espaço.

2. O Jumento se Curva Diante da Eucaristia

Durante uma pregação, cujo tema era a Eucaristia, levantou-se um homem dizendo: “Eu acreditarei que Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada quando vir o meu jumento ajoelhar-se diante da custódia com o Santíssimo. Sacramento”. O Santo aceitou o desafio. Deixaram o pobre jumento três dias sem comer. No momento e lugar pré-estabelecido, apresentou-se Antônio com a custódia e o herege com o seu jumento que já não aguentava manter-se em pé devido ao forçado jejum. Mesmo meio-morto de fome, deixou de lado a apetitosa pastagem que lhe era oferecida pelo seu dono, para se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento.

3. Livro Roubado

Um dia, o frei descobriu que um noviço havia fugido do mosteiro e levado com ele seus comentários sobre o Livro dos Salmos. Então, rezou para o retorno de ambos. Em pouco tempo, o jovem arrependido voltou para a vida religiosa, acompanhado, é claro, dos manuscritos.

4. Sermão aos Peixes

Santo Antônio foi pregar na cidade de Rímini, onde dominavam os hereges que resolveram não ouvi-lo em hipótese alguma. Frei Antônio subiu ao púlpito e quase todos se retiraram e fugiram. Não esmoreceu e pregou aos que tinham ficado. Inflamado pela inspiração Divina, falou com tal energia que os hereges presentes, reconheceram seus erros e resolveram mudar de vida. Mas o Santo não estava contente com o resultado parcial Retirou-se para orar em solidão, pedindo ao Altíssimo que toda a cidade se convertesse.
Saindo do retiro, foi direto às praias do Mar Adriático e, em altos brados clamou aos peixes que o ouvissem e celebrassem com louvores ao seu supremo Criador, já que os homens ingratos não queriam fazê-lo. Diante daquela voz imperiosa, apareceram logo os incontáveis habitantes das águas, e se distribuíram ordenadamente, cada qual com os de sua espécie e tamanho. Os peixes ergueram suas cabeças da água e ficaram longo tempo imóveis, a ouvi-lo.

5. O Prato Envenenado

Alguns hereges resolveram matar Santo Antônio, envenenando-o. Convidaram-no para comer com eles, dando como pretexto debater sobre alguns pontos da Fé. Santo Antônio sempre aceitava comparecer a esses debates e polêmicas. Os hereges puseram diante dele, entre outros pratos, um que continha veneno mortal. Antes que o tocasse, Deus revelou-lhe a cilada e o Santo, conservando toda a calma, repreendeu os hereges pela traição. Vendo revelado o intento perverso, os hereges não se abalaram e responderam cinicamente: “É verdade que esse prato tem veneno, mas nós o colocamos aí porque desejamos fazer uma experiência: no Evangelho está escrito que Jesus Cristo disse aos seus discípulos que ainda que tomassem veneno mortal nenhum mal sofreriam e estamos querendo saber se és de fato discípulo de Cristo”. Santo Antônio fez o sinal da Cruz sobre aquele prato e o comeu com apetite, saboreando a comida envenenada como se fosse alimento saudável, e nada sofreu, deixando mais uma vez os hereges confusos e assombrados.

6. O Milagre da Bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo)

No domingo de Páscoa enquanto pregava na Catedral, Santo Antônio lembrou-se de que fora designado para entoar a Aleluia na Missa que se celebrava naquele momento na Igreja do Convento franciscano. Não querendo faltar com a obediência e não podendo descer do púlpito, parou um pouco, calou-se como se estivesse retomando a respiração e, nesse momento, foi milagrosamente visto no Coro de seu convento, entoando a Aleluia. Esse prodigioso milagre de bilocação foi assistido e certificado por muitas testemunhas, espalhando-se a notícia em todos os locais.

7. Controle sobre o Tempo

Num dia festivo, em Limoges, Santo Antônio pediu licença para pregar numa igreja paroquial. Como era imensa a sua fama, o povo deslocou-se para o local, mas o recinto era pequeno para acolher toda aquela gente e foi obrigado a pregar em praça pública. Mal havia começado o sermão, o céu escureceu e muitos relâmpagos e trovões anunciavam uma grande tempestade. O povo, atemorizado, começou a murmurar e já se dispunham a sair dali em busca de abrigo. Mas Santo Antônio pediu silêncio e, em nome de Deus, assegurou que não choveria naquele local, recomendando a todos que ficassem atentos à pregação. Tranquilizados, os fiéis ouviram o sermão até o fim. Quando se retiravam para suas casas, verificaram com muita admiração, que embora estivesse perfeitamente seco o local da pregação, toda a redondeza estava completamente alagada pela chuva da forte tempestade.

8. Santo Antônio Cura um Louco



No meio de um sermão de Santo Antônio, entrou um louco e, com voz alterada e gestos desordenados, perturbava os ouvintes que não conseguiam prestar atenção nas palavras do pregador. De repente, o louco disse: “Não sossegarei enquanto aquele homem (e apontou para Santo Antônio) não me der o cordão que usa na cintura”. O Santo retirou o cordão e com ele envolveu o louco que foi imediatamente curado.

9. Menino Salvo pela Fé

Santo Antônio pregava em Briba, quando uma senhora, apressada para assistir seu sermão, deixou sobre o fogo um caldeirão com água, sem se lembrar de que seu filho pequeno ficara só em casa. Ao chegar da pregação, viu com horror que o menino havia caído dentro do caldeirão e que a água estava fervendo. Bem se pode imaginar os gritos de desespero que deu a pobre mãe! Não ousava aproximar-se, certa de que encontraria a inocente vítima horrivelmente queimada e morta. Mas, cheia de fé em Santo Antônio, invocou-o e quando aproximou-se seu filho estava são e salvo, brincando e pulando na água fervente, sem que esta lhe queimasse.

10. Criada Caminha sob Forte Chuva sem Molhar as Roupas

Certo dia, faltando alimentos no convento de Briba, Frei Antônio mandou que fossem pedir a uma senhora devota, dona de uma grande propriedade, a esmola de algumas verduras. Apesar de estar chovendo fortemente, a piedosa senhora ordenou a uma criada que fosse apanhar as verduras na horta distante da casa.

A criada obedeceu contrariada pois chovia muito. Foi quando se deu conta de que, apesar da chuva torrencial que caía, não estava molhando nem os pés, nem as roupas que vestia. Chegou à horta, colheu as verduras, foi entregá-las no convento e retornou à casa completamente seca. Tanto ela, quanto sua senhora, ficaram assombradas diante daquele prodígio e não cessaram de contar a todos, os altos merecimentos do Santo.

11. Santo Antônio Ressuscita um Morto

Vinha Frei Antônio e um companheiro pelo caminho, voltavam de uma aldeia carregando grande peso às costas, quando encontraram um carroceiro que carregava um homem adormecido. O Santo, muito cansado, pediu-lhe por amor de Deus que levasse alguns víveres que ele e seu companheiro haviam recebido de esmola para o sustento da comunidade. O carroceiro respondeu rudemente que não podia fazê-lo porque estava conduzindo um defunto. O Santo acreditou, rezou pelo descanso eterno da alma do falecido e continuou seu caminho. Qual não foi o espanto do carroceiro quando, mais tarde, foi acordar o amigo que supunha adormecido e o encontrou realmente morto! Confuso e arrependido, foi em busca de Santo Antônio e prostrou-se aos seus pés, pedindo-lhe humildemente perdão. Frei Antônio se compadeceu do homem, aproximou-se da carroça e depois de uma curta oração, fez o sinal da Cruz sobre o cadáver e o ressuscitou.

12. Salvou um Homem da Morte por Esmagamento

Durante a construção do convento de Leontino, aconteceu o seguinte milagre: Estava sendo transportada uma grande pedra para o portal da igreja em uma carroça. Ao ser retirada, caiu sobre o carroceiro esmagando-o, deixando-o quase morto. Frei Antônio, querendo por humildade ocultar seu dom de fazer milagres, disse aos presentes que invocassem o auxílio de São Francisco. Imediatamente o homem ferido levantou-se perfeitamente são, como se nenhum acidente tivesse ocorrido.

13. A Cura de um Menino Paralítico

Aproximou-se de Santo Antônio uma mulher trazendo nos braços um filho paralítico de nascença e rogava em altos brados que o curasse. O Santo manifestou certo desagrado por aquela forma ruidosa de pedir, mas a mulher continuou a implorar. Tanto ela pediu e suplicou, que este, afinal, fez sobre o menino paralítico o “sinal da cruz”, curando-o imediatamente. Com modéstia, atribuiu o milagre à fé da boa mulher e recomendou-lhe que não contasse o ocorrido à ninguém enquanto ele fosse vivo.

14. O Menino Jesus Aparece para o Santo

Certa vez, Santo Antônio precisou de alojamento em Pádua e um senhor nobre, da família dos Condes de Camposampiero, teve a honra de o acolher em sua casa. Uma noite, vendo do lado de fora do quarto de Frei Antônio alguns raios de luz, aproximou-se e viu o Santo segurando nos braços um gracioso Menino que suavemente o acariciava. Ficou cheio de espanto por tão extraordinária maravilha. Compreendeu que se tratava do Menino Jesus que se tornara visível ao Santo para recompensá-lo com celestes consolações pelas fadigas sofridas. Enquanto ainda observava, o Menino desapareceu. Saindo do êxtase, Frei Antônio deixou o quarto e dirigiu-se ao dono da casa, dizendo que sabia que ele o havia observado durante a aparição. Pediu então com insistência que não revelasse o que tinha visto. O senhor cumpriu a palavra, somente revelando o fato depois da morte do Santo. A história o tocara profundamente e todas as vezes que a relatava, não conseguia reter as lágrimas.

15. Reconstituiu um Pé Decepado

Um jovem chamado Leonardo confessou-se com o Santo e contou-lhe que, levado pela cólera, havia dado um pontapé em sua mãe. Frei Antônio, para fazê-lo compreender a gravidade do pecado que cometera, disse-lhe: “Teu pé bem que merecia ser cortado”. Essas palavras impressionaram tão fortemente o jovem, que chegando em casa, aterrorizado com o que fizera, cortou fora o pé. Na hora em que caiu ao chão, fez um ruído tão grande que sua mãe correu para ver o que estava acontecendo. Horrorizada com a cena e por saber as razões pelas quais o filho assim procedera, correu em busca de Frei Antônio, que foi apressadamente à casa do rapaz. Comovido pelo estado em que o encontrou, quase à beira da morte pelo sangue perdido, animou-o a ter confiança em Deus. O rapaz e o Santo pegaram o pé cortado, recolocaram-no e imediatamente foi restaurado. Ficou tão perfeito como se nunca houvesse sido cortado, com apenas pequena cicatriz no lugar do golpe para testemunho do grande milagre realizado.

16. Morto Falou em Defesa do Pai de Frei Antônio

Um rapaz foi assassinado perto da casa de Martinho de Bulhões, pai de Santo Antônio. Os assassinos levaram o corpo para o quintal de Martinho e ali o enterraram, sem que o proprietário do terreno soubesse. Mais tarde, foi descoberto pela Justiça o corpo na casa do infeliz fidalgo e este foi acusado pelo crime. Diante dos gravíssimos indícios de sua culpa, permaneceu quinze meses preso e, finalmente, estava sendo julgado e seria com certeza condenado à morte. Frei Antônio foi misteriosamente avisado do perigo que ameaçava seu pai. Santo Antônio foi imediatamente pedir ao Guardião do convento que o deixasse ausentar-se de Pádua por pouco tempo. Assim que foi autorizado, viu-se transportado num instante à Lisboa, indo direto ao tribunal e, depois de beijar a mão de seu pai em sinal de respeito, tomou a sua defesa. Os juízes ficaram impressionados com o aparecimento daquele inesperado advogado e com a segurança com que ele falava, mas não se convenceram da inocência do réu, tantas eram as provas que tinham de sua culpa.

Faltando testemunhas de defesa, Santo Antônio apelou para o depoimento da vítima. Os assistentes, surpresos com a estranha proposta, começaram a rir. Mas Frei Antônio insistiu e os juízes levados pela curiosidade, consentiram que ele chamasse o morto como testemunha da defesa. Chegados à sepultura do falecido, o Santo ordenou que a abrissem e chamou o frio cadáver em voz alta, ordenando-lhe em nome de Deus que dissesse aos juízes a verdade sobre o seu assassinato. Imediatamente o morto levantou-se como se estivesse vivo e respondeu com voz sonora que Martinho de Bulhões era inocente e não estava manchado pelo seu sangue. Em seguida, deitou-se na sepultura. Santo Antônio, depois de se despedir do pai, desapareceu. Ficaram os juízes e a assistência assombrados com o milagre que acabavam de presenciar. O nobre Martinho de Bulhões, graças ao seu santo filho, teve sua vida salva. Os verdadeiros culpados foram descobertos.

17. Recupera os Cabelos Arrancados de uma Mulher

Em Arezzo vivia um homem nobre, mas tão colérico que quando se irritava parecia perder o juízo. A esposa, senhora de muito siso e prudência, teve um dia a infelicidade de proferir umas palavras que irritaram o marido a tal ponto que ele se atirou sobre ela espancando-a cruelmente, chegando a lhe arrancar os cabelos. Com os gritos da infeliz, os vizinhos correram para acudi-la, encontrando-a quase morta na cama. O marido, depois de serenar, envergonhou-se do que tinha feito e lembrando-se da fama de Santo Antônio, foi procurá-lo arrependido, pedindo que o ajudasse. O piedoso Santo foi logo procurar a senhora, abençoando-a e, fazendo o sinal da Cruz sobre ela, começou a rezar. Pouco a pouco ela foi recuperando o antigo vigor e, milagrosamente, quando se ajoelhou aos pés do Santo, renasceu todo o cabelo.

18. Conserva um Copo Intacto e Faz Nascer Uvas numa Videira sem Frutos

Um soldado espanhol chamado Aleardino, que havia perdido a Fé, chegou à Pádua no dia do enterro de Santo Antônio. Vangloriando-se de sua incredulidade, segurou um grande copo de vidro e disse a muitas pessoas que o censuravam: “Se este copo ficar inteiro depois que eu o atirar àquelas pedras, acreditarei que esse padre faz milagres”. E atirou o copo com toda a força, mas ele não se partiu. Renunciou então seus erros publicamente e quis converter a um amigo também incrédulo. Chegou, pois, ao amigo e lhe contou todo o acontecido, mostrando-lhe o copo objeto do prodígio. O amigo ouviu-o com risadas e sinais de desprezo e respondeu: “Não acredito no que dizes. O que estás dizendo é tão impossível como aquela videira sem frutos, de repente, ficar carregada de ramos e cachos, e nós, com suas uvas, fazermos vinho para encher teu copo milagroso!” Mal acabara de falar, a videira se encheu prodigiosamente de folhas e belos cachos de saborosas uvas, as quais, espremidas por Aleardino, encheram o copo com seu licor maravilhoso. Esse copo ainda hoje se conserva no relicário da Basílica de Santo Antônio, em Pádua.

19. Anel Desaparecido do Bispo de Córdoba é Reencontrado

Muito devoto de Santo Antônio, o Bispo possuía um anel de estimação. Certo dia notou a falta dele: ou o tinha perdido, ou o tinham furtado. Passou-se muito tempo sem que o anel aparecesse. Um dia, estava o Bispo à mesa com alguns senhores seus parentes, quando casualmente falaram no poder de Santo Antônio para encontrar bens perdidos. Disse então o Bispo: “Tenho recebido grandes favores do Santo, mas ele ainda não ouviu as súplicas que lhe tenho feito para achar um anel que perdi”. Mal tinha acabado de proferir essas palavras quando o anel desaparecido caiu no meio da mesa, à vista de todos, sem que ninguém soubesse explicar de onde veio.

20. Ajuda um Bispo a Recuperar Papéis Perdidos

O Bispo D. Frei Ambrósio Catarino, grande escritor, estava saindo de Tolosa e levava na bagagem muitos papéis e apontamentos particulares e também um livro intitulado “A Glória dos Santos”, para discutir com os hereges. Depois de caminhar muitos quilômetros, percebeu que haviam caído pelo caminho três escritos preciosos, frutos de muito trabalho. Com enorme tristeza, refez o caminho para os encontrar. Procurou-os em vão. Lembrou-se então de Santo Antônio, dirigiu-lhe uma prece fervorosa, prometendo que se encontrasse os papéis, acrescentaria ao livro “A Glória dos Santos” a narração daquela graça de Santo Antônio. Nesse mesmo instante, aproxima-se dele um desconhecido que lhe pergunta se não havia perdido uns papéis e, ante a reposta afirmativa do Bispo, entrega-lhe os papéis tão desejados!

21. O Casamento da Jovem

Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo, já desesperada de encontrar marido, pediu ajuda a Santo Antônio. Adquiriu uma imagem do santo, benzeu-a e todos os dias enfeitava-a com flores que colhia no jardim. Além disso, orava com regularidade para que Santo Antônio lhe arranjasse um noivo. Mas, passou-se muito tempo e o noivo não aparecia. Certa vez, pôs-se a lamentar a ingratidão do santo, chegando mesmo a ser repreendida pela mãe. E, desapontada, pegou a imagem e, no auge do desespero, atirou-a pela janela afora. Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro e a imagem o acertou na cabeça. Apanhou-a intacta e subiu a escada para devolvê-la. Quem o recebeu foi a formosa donzela. O cavaleiro apaixonou-se por ela e algum tempo depois casaram-se, naturalmente por milagre do santo.

Santo Antônio, rogai por nós!


1º Dia do Tríduo em preparação a Festa de Santo Antônio

       Santo Antônio e os Dons do Espírito Santo

  No dia 27 de maio de 2023, às 19h00min, na Comunidade de Santo Antônio - Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Rio Bananal/ES, Diocese de Colatina/ES, aconteceu o Primeiro Dia do Tríduo em preparação à Festa de Santo Antônio junto à Solenidade de Pentecostes que encerra o período da Páscoa. Pentecostes é uma das celebrações mais importantes para nós cristãos. Nela celebramos de forma solene a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos de Jesus Cristo e sua Mãe Maria, bem como outros seguidores. O Pentecostes é celebrado 50 dias após o domingo de Páscoa e ocorre no décimo dia após a celebração da Ascensão de Jesus.

A Solenidade foi presidida pelo Pároco local Padre Geraldo Dionízio Bazílio e animada pelo Setor IV e Coral Masculino"Unidos pela Fé" Comunidade Santo Antônio.

                                               

                                               

Acolhida: Lúcia Helena França Fantin

Os Crismandos conduziram os Círio Pascal e as sete velas representando os Sete Dons do Espírito Santo.


A Crismanda Camilly Periato Câmara conduziu de forma solene o Círio Pascal
Crismanda Lyvia Entriger

Crismanda Erika Pedroni Arpini

Crismanda Luiza Mulinari Soave

Crismanda Isabela

Crismando Gustavo Riquieri Nali

Crismando Matheus Mauricio De Angeli

Crismanda Glendha Faé Vargas














A jovem Enya Soela Tavares conduziu o Estandarte de Santo Antônio










Maria Caroline Carvalho Saiter

Pietro Fantin











Coroinha Eloá Manzoli


Leitora: Claudia Ferreira
PRIMEIRA LEITURA

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar.

Leitura dos Atos dos Apóstolos 2,1-11

1
Quando chegou o dia de Pentecostes,
os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2
De repente, veio do céu um barulho
como se fosse uma forte ventania,
que encheu a casa onde eles se encontravam.
3
Então apareceram línguas como de fogo
que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.
4
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito os inspirava.
5
Moravam em Jerusalém judeus devotos,
de todas as nações do mundo.
6
Quando ouviram o barulho,
juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos,
pois cada um ouvia os discípulos
falar em sua própria língua.
7
Cheios de espanto e de admiração, diziam:
"Esses homens que estão falando não são todos galileus?
8
Como é que nós os escutamos na nossa própria língua?
9
Nós que somos partos, medos e elamitas,
habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia,
do Ponto e da Ásia,
10
da Frígia e da Panfília,
do Egito e da parte da Líbia, próxima de Cirene,
também romanos que aqui residem;
11
judeus e prosélitos, cretenses e árabes, 
todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus
na nossa própria língua!"
Palavra do Senhor.

Salmistas: Erivelton Pereira e Luan Paier
Salmo responsorial
Sl 103(104),1ab.24ac.29bc-30.31.34 (R. cf. 30)

R. Enviai o vosso Espírito, Senhor,
    e da terra toda a face renovai.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

1a
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! *
b
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
24a
Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras *
c
Encheu-se a terra com as vossas criaturas! R.

29b
Se tirais o seu respiro, elas perecem *
29c
e voltam para o pó de onde vieram.
30
Enviais o vosso espírito e renascem *
e da terra toda a face renovais. R.

31
Que a glória do Senhor perdure sempre, *
e alegre-se o Senhor em suas obras!
34
Hoje seja-lhe agradável o meu canto, *
pois o Senhor é a minha grande alegria! R.

Leitora: Gabrille Carvalho Saiter

SEGUNDA LEITURA

Fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo.

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12,3b-7.12-13


Irmãos:
3b
Ninguém pode dizer:
Jesus é o Senhor a não ser no Espírito Santo.
4
Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito.
5
Há diversidade de ministérios,
mas um mesmo é o Senhor.
6
Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus
que realiza todas as coisas em todos.
7
A cada um é dada a manifestação do Espírito
em vista do bem comum.
12
Como o corpo é um, embora tenha muitos membros,
e como todos os membros do corpo, 
embora sejam muitos, formam um só corpo,
assim também acontece com Cristo.
13
De fato, todos nós, judeus ou gregos, 
escravos ou livres, 
fomos batizados num único Espírito,
para formarmos um único corpo,
e todos nós bebemos de um único Espírito.
Palavra do Senhor.


Cantores: Dione C. Pratti e Flavio Vassoler
SEQUÊNCIA DE PENTECOSTES
- Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz! 
- Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons. 
- Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde! 
- No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem. 
- Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós! 
- Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele. 
- Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente. 
- Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei. 
- Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons. 
- Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém. 


EVANGELHO
Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23

19
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas, por medo dos judeus,
as portas do lugar onde os discípulos se encontravam,
Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: "A paz esteja convosco".
20
Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21
Novamente, Jesus disse: 
"A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio".
22
E depois de ter dito isto,
soprou sobre eles e disse: 
"Recebei o Espírito Santo.
23
A quem perdoardes os pecados,
eles lhes serão perdoados; 
a quem os não perdoardes,
eles lhes serão retidos".
Palavra da Salvação.

















Preces da Comunidade
Presidente - Na certeza de que Deus acolhe nossas preces, peçamos a Ele que nos conceda os dons do Espírito Santo. Após cada pedido rezemos: “Enviai, Senhor o Vosso Espírito”
Leitora: Lyvia Entriger 
- Senhor, conservai o dom da Sabedoria ao Papa Francisco, aos bispos, padres, diáconos, religiosos(as) para que unidos em um só coração e uma só alma, proclamem a mensagem do Evangelho em todas as línguas e culturas a fim de que a vida renasça na força do único Espírito. Nós vos pedimos. 
leitora: Glendha Faé Vargas
- Senhor, confirmai o dom do Entendimento aos nossos governantes para que compreendam a urgente necessidade de trabalhar na construção de um país onde o povo brasileiro possa viver dignamente. Nós vos pedimos.
Leitora: Erika Pedroni Arpini
- Senhor, concedei-nos o dom da Fortaleza para servimos com coragem nas equipes de serviço, nas pastorais, ministérios, movimentos e grupos de nossas Comunidades a fim de fortalecer nossa missão no compromisso com a vida em todas as suas dimensões. Nós vos pedimos.
Leitora: Camilly Periato Câmara
- Senhor, favorecei-nos com o dom do Conselho para que à luz da Vossa Palavra, caminhemos confiantes, em busca da unidade entre irmãos e irmãs das Igrejas Cristãs que professam a fé no Vosso Filho Jesus. Nós vos pedimos.
Leitor: Gustavo Riquieri Nali
- Senhor, derramai em nós o dom da Ciência, para sermos capazes de dedicar a nossa vida de forma gratuita na prática da misericórdia, da solidariedade e do perdão, respeitando a vida nas diversas culturas e etnias. Nós vos pedimos. 

Leitora: Luiza Mulinari Soave
- Senhor, enviai-nos o dom da Piedade, para que a exemplo do Vosso Filho que se fez nosso servo, e nos amou até o fim, nos amemos sem distinção e sem exclusão. Nós vos pedimos.
Leitora: Isabela
- Senhor, concedei-nos o dom do Temor para que atentos aos Vossos ensinamentos e guiados pelo Santo Espírito, testemunhemos o Vosso Reino, tornando o Evangelho conhecido, encantador e transformador. Nós vos pedimos.  
























Escritos sobre Santo Antônio

Naquele dia todos ficaram muito admirados como se estivesse repetido o milagre das línguas no dia de Pentecostes…

O Papa Gregório IX (1227-1240) conhecia bem a Ordem de São Francisco, e com ele muitos cardeais tinham o desejo de ouvir as pregações de Santo Antônio.

Os “Fioretti”, que é uma coleção de relatos miraculosos de São Francisco e dos seus frades, conta algo que aconteceu em Roma. Santo Antônio pregou certa vez em um Consistório (reunião de cardeais) para cardeais do mundo todo (gregos, latinos, eslavos, francos, ingleses e outros).

Cheio do Espírito Santo, ele apresentou a Palavra de Deus tão claramente, com muita prudência, piedade, clareza e compreensão, de modo que todos os ouvintes entenderam todas as palavras dele em suas diversas línguas maternas, como se ele tivesse falado na língua materna de cada um deles. Todos ficaram muito admirados como se estivesse repetido o milagre das línguas no dia de Pentecostes. E um perguntava ao outro: “Ele não é espanhol?”. O próprio Papa disse que: “Verdadeiramente este é a Arca do Testamento e o escrínio da Sagrada Escritura”.

Aliás, Santo Antônio dizia que: “Fala em várias línguas quem está repleto do Espírito Santo. As diversas línguas são o testemunho que devemos dar a favor de Cristo, a saber, humildade, pobreza, paciência e obediência. Quando os outros virem em nós essas virtudes, nós falando a eles. Nossa linguagem é penetrante quando é nosso agir que fala. Nossa vida está tão cheia de belas palavras e tão vazia de boas obras!”.

Não foi por um acaso que lhe chamaram de “Arca do Evangelho”…

Este foi mais um dos muitos prodígios realizados por Santo Antônio durante sua vida.


Rito para apagar o Círio Pascal
Presidente - Irmãos e irmãs, na noite da Vigília Pascal, aclamamos a Cristo, nossa Luz representado pelo Círio Pascal que nos acompanhou nesses cinquenta dias. Hoje, dia de Pentecostes, ao encerrar-se o tempo da Páscoa, o Círio é apagado, porque educados na escola pascal do Mestre Ressuscitado, e cheios do fogo do Espírito Santo, agora devemos ser nós “Luz de Cristo” presente no meio em que vivemos. Veremos agora, no desenrolar do Ano Litúrgico, resplandecer a Luz do Círio Pascal, em alguns momentos importantes do caminhar da Igreja: no Batismo, na Iniciação Eucarística e na Crisma (Sacramentos da Iniciação Cristã).
O Presidente reza as invocações a Cristo. 
Presidente - Cristo, Luz do mundo
Todos - Demos graças a Deus! 
Presidente - Ó Deus da Justiça, primeira fonte de luz, Rei da glória, certeza da Vida, preenchei os vazios dos nossos corações com Vossa luz resplandecente. 
Presidente - Cristo, Luz do mundo! 
Todos - Demos graças a Deus! 
Presidente - Esplendor da glória do Pai, que difunde a claridade da verdadeira luz e do verdadeiro sol, penetrai a vossa luz em nossos sentidos e infundi em nós a chama do vosso Espírito. 
Presidente - Cristo, Luz do mundo! 
Todos - Demos graças a Deus! 
(Ir. Míria T. Kolling) 
1 - Jesus Cristo, nossa Páscoa ressuscitou e hoje vive. Celebremos, pois, a sua festa, na alegria da fraternidade. Deus nos faz irmãos 05 Jesus Cristo está vivo entre nós, aleluia, aleluia! (bis) 
2 - Ele é a nossa esperança, com sua morte deunos vida. E hoje vai conosco lado a lado, dando sentido ao nosso caminhar. 

Terminado o Hino Pascal, o Presidente faz a inclinação ao Círio Pascal, e o apaga. Depois, voltado para o povo, canta ou reza a oração. 

Presidente - Ó Cristo, nosso dulcíssimo Salvador, acendei em nós a luz da fé. Alimentados por Vós, que sois a Luz eterna, seja iluminado o nosso espírito e expulsai de nós as trevas do mundo. Concedei que amemos somente a Vós para que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. E toda a assembleia aclama, cantando 
- Amém! Amém! Amém!









CORAL "UNIDOS PELA FÉ" DA COMUNIDADE SANTO ANTÔNIO



Da esquerda Coroinhas: Pietro Fantin, Eloá Manzoli, Maria Caroline Carvalho Saiter, João Luíz Soave Fantin 
e o Acólito Rodrigo Mildberg Batista